-
Arquitetos: Ana Laura Vasconcelos
- Área: 256 m²
- Ano: 2011
-
Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
Descrição enviada pela equipe de projeto. Um centro de interpretação é um edifício com um programa didático-pedagógico que busca, sobretudo, dar visibilidade "in situ" ao tema e o conteúdo no qual se inspira. Portanto, o Centro de Interpretação da Faja da Caldeira de Santo Cristo é parte de uma ideia global de intervenção que a Secretaria Regional do Meio Ambiente e do Mar vem desenvolvendo na região, estabelecido com um conjunto de critérios para adequar-se a seu local de implantação, assim como um programa específico que apela à "internalização", difusão e desenvolvimento do patrimônio natural em questão.
Objetivos
O Centro de Interpretação Ambiental articula e controla toda a área que, no futuro, incluirá um camping que se estabelecerá em Faja da Caldeira do Santo Cristo. É, assim, o primeiro ponto de contato e informação que tem como função fundamental a explicação dos valores ambientais locais, que são:
• simplificar e enriquecer a visita à região de Faja de Santo Cristo;
• despertar a educação ambiental em relação à interpretação dos valores da paisagem e do campo;
• criar rotas interpretativas naturais e relacionadas ao patrimônio arquitetônico;
• desenvolver o conhecimento dos habitats marinhos e costeiros, bem como suas faunas e floras diversas.
Projeto
O projeto completo consiste em 2 edifícios: o Centro de Interpretação Ambiental e um edifício de suporte às pesquisas, reconstruído de acordo com o projeto original. Tanto as paredes de pedra originais, quanto as fontes existentes de água foram mantidas.
Edifício 1: O primeiro edifício, o Centro de Interpretação e Monitoração Ambiental é constituído por dois pavimentos, uma interação existente entre o "moderno" e tradicional. Com a forma de um "T" (arquitetura prevalente em casas tradicionais de Fajã), o corpo principal revela características típicas, assim como a concepção da fachada original, mantendo-se as janelas de guilhotina e portas de estatura, incluindo os materiais, quer seja nas armações de madeira ou nos batentes e vigas em pedra de basalto da região. O corpo perpendicular anteriormente projetado como cozinha, mantém as fachadas e a chaminé de pedra à vista, introduzindo, no entanto, alguns elementos contemporâneos, criando a conexão com o futuro camping.
Edifício 2: O segundo edifício, projetado como apartamentos temporários, é gerado a partir da matriz de uma cobertura antiga, que foi modernizada e adaptada de acordo com as novas funções. Ele incorpora dois pavimentos, funcionando quase como um espaço aberto: o térreo consiste na cozinha e sala de estar, enquanto o primeiro pavimento abriga o dormitório e banheiro.
Originalmente publicado em 8 Fevereiro, 2016